Má gestão
Estado camufla escolas de lata com casca de concreto
Escondidas debaixo de uma casca de concreto, ainda persistem pelo menos cinco escolas de lata da rede estadual na Capital. Nelas, os alunos sofrem com barulho, temperaturas extremas e mau estado de conservação das unidades.
As queixas chegaram ao conhecimento do Ministério Público, que investiga o caso.
Os alunos da Escola Estadual Fazenda do Carmo 3, em Guaianases (zona leste de SP), afirmam que a unidade, de lata por dentro, está deteriorada.
“A parede está quase caindo, não pode encostar que treme tudo. Também está enferrujada e faltando parafusos”, afirma a estudante Bianca, 14 anos.
Alunos dizem que há cerca de dois anos a unidade foi reformada, porém, o concreto ficou só do lado de fora.
Assim como o telhado, as paredes do segundo pavimento onde ficam as salas são de metal.
Outro inconveniente é o barulho causado pela estrutura metálica: segundo os alunos, nos dias de chuva é difícil prestar atenção na aula.
Depois de receber representação dos moradores sobre a situação inadequada da estrutura das escolas, o promotor João Paulo Faustioni e Silva, da Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação), abriu um inquérito para investigar a presença de unidades com estrutura de lata na Capital.
A Promotoria apura situação similar em outras quatro escolas, na zona sul.
Procurada pela reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a secretaria de Estado da Educação afirma que vai gastar R$ 720 mil na reforma na escola.
fonte: Folha de S. Paulo
