Ecovias
Foi um caso fortuito, um evento atípico. Com essa frase, repetida mais de uma dezena de vezes, o superintendente da Ecovias, José Carlos Cassaniga, classificou o acidente ocorrido na rodovia Imigrantes no dia 22 de fevereiro, que causou a morte de uma pessoa.
Questionado nesta quarta-feira (27/3), durante reunião da Comissão de Transportes, presidida pelo deputado do PT Antonio Mentor, quanto às providências que poderiam ter sido tomadas baseadas em histórico de acidentes e índices pluviométricos, Cassaniga foi enfático ao responder que nada poderia ter sido feito, que não há instrumento que preveja um desastre geológico como o que aconteceu.
O deputado Gerson Bittencourt citou as declarações de Cassaniga, divulgadas pela imprensa à época, em que ele admite que o plano emergencial da concessionária é insuficiente.
Cassaniga afirmou que a declaração foi publicada fora de contexto, que a Imigrantes é uma rodovia segura e que o plano emergencial adotado funcionou adequadamente, apesar das 31horas de interdição da pista e da morte de uma pessoa.
Bittencourt solicitou o plano emergencial previsto em contrato e o adotado atualmente pela concessionária, que, segundo Cassaniga, é mais completo. Pedi esse plano há dois anos e ainda não fui atendido. O foco de sua apresentação está muito no pós. Entendo que um plano emergencial tenha também o pré, que inclui sistema de monitoramento, fechar a rodovia em determinado período etc, afirmou o Bittencourt.
O deputado Alencar Santana questionou sobre a possibilidade de um novo acidente com as mesmas características, se a concessionária está tomando providências para que isso não ocorra novamente. Cassaniga se limitou, mais uma vez, a dizer que a Imigrantes é uma rodovia segura e que esse foi um caso fortuito, um evento atípico.
