Corrupção atrasa obra
A suspensão dos contratos da Linha 5 Lilás do Metrô devido aos fortes indícios de fraude nos contratos com as empreiteiras que realizam as obras de prolongamento da linha pode atrasar o prazo de entrega em até um ano.
A inauguração das estações estava prevista para 2014, quando o país sediará a Copa do Mundo.
Hoje, a Linha 5 opera entre as estações Capão Redondo e Largo Treze, na Zona Sul da Capital, com seis paradas e oito quilômetros de extensão. As obras de prolongamento da linha propiciarão a integração com as Linhas 1 Azul e 2- Verde.
Corrupção
O processo de licitação das obras da Linha 5 que está sob suspeita e acabou sendo suspenso foi iniciado quando José Serra era o governador do Estado antes de, em março/2010, deixar o comando para disputar a presidência da República.
A antecipação do nome dos consórcios vencedores da licitação do Metrô, registrada pelo jornal Folha de S. Paulo em cartório no mês de abril, o que demonstra que todo o procedimento serviu apenas como fachada para encobrir acordos possivelmente já firmados entre as empreiteiras e o governo tucano paulista. O jornal soube dos nomes das empresas vencedoras da licitação há seis meses. As obras devem custar aos cofres públicos mais de R$ 4 bilhões.
A Bancada dos deputados do PT na Assembleia Legislativa protocolou nos Ministérios Públicos Federal e Estadual representações para a investigação dos indícios de licitação combinada previamente entre empreiteiras.
No último dia 27/10, em resposta a uma ação popular ajuizada pelo deputado do PT, Vanderlei Siraque e um dia após o governador, Alberto Goldman, ter assinado os contratos da licitação da Linha 5 Lilás do Metrô, a Justiça concedeu liminar determinando o Metrô que apresentasse todos os envelopes lacrados com as propostas que não foram analisadas no decorrer da concorrência. As propostas devem ficar guardadas em cartório, sob sigilo, para posterior avaliação.
