CPI da CDHU
Goro Hama, ex-presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) foi condenado pela Justiça ao ressarcimento ao Tesouro Estadual de R$ 512,1 mil, por ter privilegiado empresas com contrato de 1996, no valor de R$ 12,7 milhões, para construir 608 casas em Campinas.
Em novembro passado, a base dos deputados governistas na Assembleia Legislativa enterram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigava fraudes na Companhia. Em voto separado, os deputados representantes do PT na Comissão, Antonio Mentor e Enio Tatto, apontaram as falhas e omissões da comissão durante os 90 dias de sua vigência. “Melancolicamente a base governista está encerrando esta CPI sem apurar os fatos de desvios e corrupção na empresa”, lamentou Antonio Mentor na ocasião.
Leia, a seguir, matéria publicada no Jornal da Tarde 15/12/2009
Justiça condena Goro Hama por improbidade
O ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no governo Mário Covas (PSDB) Goro Hama foi condenado à perda de direitos políticos por 5 anos, ressarcimento de dano ao Tesouro no valor de R$ 512,1 mil em valores de1996 que serão corrigidos e multa no mesmo montante. É a primeira condenação de Goro por improbidade administrativa. A sentença é do juiz Luís Fernando Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública.
Segundo a ação do promotor Nilo Spínola, Goro teria privilegiado empresas com contrato de 1996, no valor de R$ 12,7 milhões, para construir 608 unidades habitacionais em Campinas. Ao assinar o contrato e conceber sua execução (Goro) omitiu-se do dever de probidade que lhe impunha recusar tais atos, pois a nulidade era evidente, escreveu Vidal.
O advogado de Goro, Fernando Ueda, vai recorrer. Ele afirmou que outras ações contra ele foram rejeitadas pela Justiça. E essa muito provavelmente será modificada pelo Tribunal de Justiça. Não houve prejuízo ao erário. Vai demorar, mas Goro Hama conseguirá mostrar que é pessoa proba, íntegra.
