Servidores
A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) integra a comissão de parlamentares que intermedia um canal de negociações entre os servidores do Poder Judiciário e o Tribunal de Justiça de São Paulo. Na última quarta-feira (2/6), a deputada Prandi permaneceu mais de cinco horas no Palácio de Justiça paulista, como forma de garantir a segurança dos trabalhadores, que haviam invadido o prédio como forma de forçar a presidência do órgão a restabelecer negociações com a categoria, em greve desde 28 de abril.
Conseguimos que o Tribunal de Justiça desse uma série de garantias aos servidores, para que eles aceitassem deixar o prédio, enfatiza a deputada Prandi, ressaltando o papel fundamental das lideranças dos trabalhadores durante o processo de conversação da última quarta-feira. A parlamentar foi acionada para comparecer ao local pelo presidente da Assojubs (Associação dos Servidores do Judiciário da Baixada Santista), Hugo Coviello, preocupado com o possível uso da força para retirar os manifestantes.
O foco da ocupação era reabrir as negociações com o Tribunal, uma vez que as tratativas estão estacionadas aguardando o julgamento da ação do dissídio coletivo por greve. Outro objetivo era discutir sobre a suspensão da Resolução nº 520/2010 e do Comunicado SGRH 56/2010 publicado na quarta-feira em relação às faltas no período da greve, explica Coviello. E os objetivos foram alcançados.
Em documento assinado pelo presidente do TJ, Antônio Carlos Viana Santos, ficou acertado que nesta segunda-feira (dia 7), às 15 horas, haverá reunião entre os representantes dos servidores e do Tribunal, com a participação da comissão de parlamentares. Além disso, houve a suspensão dos efeitos do comunicado das faltas da greve até a próxima quarta-feira (dia 9), quando haverá nova sessão do Órgão Especial do TJ para discutir o cancelamento da Resolução 520/10, que estabeleceu sanções aos grevistas.
