Movimento quer barrar violência contra negros

25/10/2012

Consciência Negra

Movimento quer barrar violência contra negros e pobres

Debate do tema será o foco das atividades do Dia da Consciência Negra

O enfrentamento à violência contra os jovens negros será o foco principal dos debates nos eventos programados pela CUT São Paulo e pelos movimentos sociais para comemorar o Dia da Consciência Negra, no próximo 20 de novembro.

Em reunião na última semana, representantes de várias entidades do movimento negro e de sindicatos apresentaram e discutiram propostas de atividades políticas e culturais, e a necessidade de refletir e reivindicar medidas de combate ao crescente extermínio da juventude negra foi uma preocupação apontada por todos os participantes. “Não há nenhuma medida contra a violência que atinge a população negra. O movimento negro tem feito várias ações para tentar mudar essa situação, mas não tivemos nenhuma resposta da Polícia Militar ou do Ministério Público Estadual paulista”, alertou Rosana Aparecida da Silva, secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP.

Juventude Viva – programa do governo federal

No final de setembro o governo federal lançou o Juventude Viva, programa piloto que integra a primeira etapa do Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra e que prevê diversas ações voltadas aos jovens, como adoção do período integral nas escolas estaduais e criação de espaços culturais. O programa prevê, ainda, a capacitação dos profissionais que atuam com a juventude, incluindo os policiais militares.

Na avaliação de Rosana, o programa deve ser implementado em São Paulo com urgência porque no governo estadual – onde Geraldo Alckmin diz que quem reagir à polícia vai morrer – os principais alvos da violência têm sido os jovens negros. Além das diversas mortes recentes em conflitos envolvendo a Polícia Militar no Estado de São Paulo, dados do Ministério da Saúde revelam que 53% dos assassinatos do País têm jovens como vítimas e, do total, mais de 75% são negros.

Outra medida, em fase de estruturação pela CUT-SP, é a criação de um órgão da própria Central para receber e apurar denúncias de discriminação racial sofrida pelos trabalhadores e trabalhadoras, dando o encaminhamento jurídico necessário a cada caso. Apesar da existência de órgãos de denúncia dos governos estadual e municipal, os casos, quando registrados efetivamente, têm se tornado apenas estatísticas, sem a devida atenção e a tomada de medidas necessárias para garantir igualdade à população negra.

fonte: CUT-SP

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