NA ALESP

Primeira parte dos trabalhos da quarta-feira (16) do time de deputadas e deputados petistas na Alesp.

*Golpe anulado*
Presidente da Alesp, Cauê Macris, teve de reconhecer a flagrante ilegalidade de ontem no congresso de comissões para aprovar projeto que rifa a Sabesp. Depois da denúncia de Alencar Santana Braga, e dos protestos do time petista, os tucanos assumiram que houve irregularidade e anularam a aprovação do parecer.

*Pressa pra quê?*
Alencar Santana Braga comemorou a decisão e questionou as razões dessa urgência do governo para aprovar o PL. “Para que a pressa? O atropelamento da discussão nos faz suspeitar das intenções da proposta”, disse o líder, acrescentando que a SABESP poderá abrir suas comportas para que o capital internacional atue nos serviços básicos do Estado.

*Nada a ver*
Na Comissão de Segurança Pública, o deputado Luiz Turco representou a Bancada. Um requerimento para ouvir esclarecimentos do alto escalão do Estado sobre o roubo de armas sob custódia da Justiça Estadual foi barrado. Seriam convocados para vir à Alesp o secretário de Segurança Pública e o de Justiça, os delegados gerais da Polícia Civil e do DEIC e o comandante geral da PM. Aliados de Alckmin declararam que essas autoridades “nada tem a ver com o problema”.

*Alguém está mentindo*
Enio Tatto detectou um descompasso entre as declarações de Alckmin e as da direção da CPTM. Enquanto o governador diz que vai entregar as obras da Estação Varginha, da Linha 9, a companhia afirma que isso vai acontecer só em 2019/2020. Alguém está mentindo, conclui Tatto.

*Obras paradas*
Há semanas, moradores da região manifestaram-se para cobrar a entrega da estação. Dias depois, Alckmin foi ao local e declarou que as obras estavam em pleno andamento. A assessoria de Tatto esteve na CPTM nesta quarta para obter mais informações e soube que algumas etapas das obras nem foram licitadas. “O número de promessas do governo é impressionante, maior é número de obras paradas”, disse Tatto.

PARTE II

*Agora encaminhamos a 2a. parte dos trabalhos desta noite da quarta (16). O time de deputadas e deputados do PT-SP não para de fazer o bom combate na Alesp e obteve dupla vitória contra os tucanos.*

*Dupla vitória*
Os deputados petistas tiveram dupla vitória contra a proposta do governo de alterar a composição acionária da SABESP. Depois de conseguir a anulação da votação ocorrida ontem, emplacaram a realização de uma audiência pública para debater o tema na próxima terça (22), e só depois a votação do projeto poderá ser realizada.

*Fogo amigo*
A Comissão de Finanças e Orçamento, comandada pelos tucanos desde que assumiram o governo, tem sido palco de disputa entre PSDB e PRB.

*Boicote*
Wellington Moura (PRB) assumiu a presidência da comissão após a morte de Celso Giglio. Não houve nova eleição. O PSDB quer Roberto Engler no comando. A Comissão tem sido boicotada pelos tucanos e já acumula 120 itens parados na pauta.

*Rebelião*
Feliciano Filho (PSC) protestou contra o veto de Alckmin ao seu projeto que proíbe o uso de animais nas pesquisas das universidades públicas de SP. “Alckmin criticou o projeto e desdenhou do Legislativo, mostrou sua face autoritária.”

*Quem manda na Alesp*
Enio Tatto disse que a queixa sobre os vetos do Executivo a projetos de parlamentares está fora de lugar. Tatto disse que faz 3 meses que deputados estão sendo enganados por Alckmin. “O problema está no Palácio dos Bandeirantes. É de lá que vêm os impedimentos.”

*Tudo pode piorar*
Barba propôs moção contra as demissões de trabalhadores da Ford e a proposta de Dória Jr. de eliminar postos de trabalho dos cobradores de ônibus. “Quando a nova legislação estiver em vigência, as coisas vão piorar ainda mais”, concluiu.

*Bagaço da laranja*
A CPI que investiga a cartelização da citricultura terminou. O deputado José Zico Prado sempre apontou que a Comissão começou atrasada e sem linha clara de investigação. Ele apresentou voto em separado ao relatório final e requerimento denunciando investigações incompletas.

*Nova CPI*
Zico Prado cobra o encaminhamento do pedido de criação de uma nova CPI ao Colégio de Líderes e ao presidente da Alesp. Se até o relator, que é governista, concordou que o documento final está “incompleto”, deveria concordar com uma nova CPI.

*Parcelamento indefinido*
Alckmin e companhia adoram falar que estão quebrados quando o assunto é Educação, Transporte e Saúde. Mas ao vetar o PL 253/2017, sobre parcelamento de dívidas do ICMS e IPVA, está abrindo mão de receitas que poderiam ser revertidas em benefícios da população.
Com o veto de Alckmin, pessoas que não pagaram parcelas uma 1a. vez, podem fazer o parcelamento pela 2a. ou 3a, até que esta arrecadação se perca no limbo. O deputado Geraldo Cruz criticou “o Executivo pautando o parlamento”. A decisão é injusta com quem paga seus impostos em dia, ou seja, com o povo que não tem acesso aos serviços que Alckmin tem obrigação de oferecer.

*Reformas doentias*
Barba e Carlos Neder participaram de uma audiência pública para falar dos impactos negativos da reforma da previdência na vida dos profissionais de saúde. Só enfermeiros, já são 2 milhões no Brasil e 500 mil em SP. “Para cuidar, o profissional de saúde tem que estar bem. Com a reforma, as maiores prejudicadas as serão as pessoas atendidas”, disse Ariadne Fonseca, da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn).