Psicólogos e assistentes sociais destacam a importância de ações conjuntas nas escolas

31/05/2011 18:10:00

Audiência pública

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O debate sobre a inserção de psicólogos e assistentes sociais nas escolas públicas para diagnosticar e prevenir problemas emocionais e sociais que prejudiquem o aprendizado dos estudantes foi tema de audiência pública, nesta terça (31/5), na Assembleia Legislativa.

O objetivo foi trazer à agenda da Casa o projeto de lei 441/2007 de autoria do deputado Marcos Martins que permite que profissionais da psicologia e assistência social possam acompanhar de perto as crianças e os jovens no dia a dia, atuar junto às famílias, com a promoção do diálogo, e oferecer suporte ao trabalho realizado pelos professores em sala de aula.

“Nosso propósito com o projeto é melhorar cada vez mais o ambiente escolar e ajudar na saúde dos estudantes”, destacou o deputado Marcos Martins.

Os debatedores convidados Carla Angelucci, presidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo; Luis Carlos de Araújo Lima, diretor do Sindicato dos Psicólgos; Gilma Rossafá, secretária da Assistência e Promoção Social de Osasco;Antonio Dantas,presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); e Thales Cezar de Oliveira, promotor de Justiça da Infância e Juventude, foram unânimes no apoio ao projeto.

Para Gilma Rossafá, “precisamos de um sistema que faça prevenção e acolhimento e as questões contemporâneas têm que ser tratadas com ações conjuntas, com o trabalho em rede de vários profissionais”.

O promotor Thales Cezar de Oliveira destacou seu apoio ao projeto e disse que o deputado está no caminho certo, ao buscar medidas de prevenção ao invés de repressão. “É muito mais barato se investir na prevenção. Um adolescente na Fundação Casa, por exemplo, custa ao Estado, em média, R$ 2 mil”, explicou.

Contribuições ao projeto

Os dois representantes da categoria dos psicólogos, Carla Angelucci e Luis Carlos de Araújo Lima, apresentaram ao deputado uma contribuição no sentido de aprimorar o projeto. “O projeto prevê que o atendimento nas escolas seja feito por psicólogos vinculados ao Sistema Único de Saúde – SUS e gostaríamos de propor que fossem contratados psicólogos com especialização em educação, o que também não diminuiria os quadros da saúde”, defendeu Carla.

O deputado Marcos Martins esclareceu que a audiência pública foi “um pontapé inicial na discussão do projeto com a sociedade e que toda contribuição é bem-vinda e será analisada”.

A intenção da audiência foi também formar uma comissão permanente para acompanhar a tramitação do projeto e discutir temas afins. A primeira reunião desta comissão será dia 14/6, às 18h, na Assembleia Legislativa.

 

 

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