Mulheres

Números de violência contra as mulheres em Campinas são alarmantes

A RMC contará com a Frente Regional de Combate à Violência e em Defesa dos Direitos das Mulheres, que será criada para reunir forças políticas e sociais para cobrar dos poderes públicos instrumentos efetivos de combate à violência

Com lançamento marcado para 12 de abril, às 19h, no Plenário da Câmara Municipal de Campinas, a Região Metropolitana vai contar com a Frente Regional de Combate à Violência e em Defesa dos Direitos das Mulheres, composta por parlamentares (deputados e vereadores) da RMC e por representantes de entidades e movimentos sociais de defesa dos direitos das mulheres.

A deputada Ana Perugini, que propôs a Frente na RMC, explica que os objetivos incluem desde a prevenção e o atendimento adequado às vítimas até a investigação e punição exemplar dos criminosos. “Estamos diante de um quadro social, extremamente grave, decorrente do elevado número de atos de violência sexual em Campinas, e o Poder Público precisa dar uma resposta para tranquilizar a população”, completa.
A Segurança Pública é um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Com essa linha de pensamento a parlamentar propôs uma série de ações para combater os crimes de estupros na região. Entre elas estão, a criação de uma comissão para tratar o tema e encabeçar a Frente; realização de campanha de conscientização, com material impresso, digital e marcha; além de Audiência Pública na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Números da violência contra as mulheres em Campinas
Os registros de violência contra as mulheres em Campinas são preocupantes. Só em 2012, a cidade teve quase 300 casos de estupros, um aumento de 29% em relação ao ano anterior, segundo dados da Delegacia de Defesa da Mulher, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Boa parte dos crimes – cerca de 30% – foi cometida dentro de casa, por parente ou conhecido. Outro dado assustador é de que em 90% dos casos registrados as vítimas são crianças e pré-adolescentes com idades entre 9 e 14 anos.

Neste ano, nos meses de janeiro e fevereiro, já foram registrados 519 casos de lesão corporal dolosa e 38 casos de estupros. Para Ana Perugini o problema demanda discussão urgente. “A vulnerabilidade da população é grande; fundamental é criarmos as condições para melhorar a estrutura policial e assistencial às pessoas vitimadas”, afirma a deputada, que é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, no Estado de São Paulo.

fonte: Ass. Imprensa – dep. Ana Perugini