Investigação
A CPI que investiga fraudes em licitações para a construção de casas populares pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) aprovou, em reunião no dia 7 de outubro, requerimento do deputado Enio Tatto para que seja feito convite ao presidente CDHU, Lair Krähenbühl, para prestar esclarecimentos à Comissão.
Ex-gerente da CDHU, condenado pela Justiça, depõe na CPI
Durante a reunião também prestou depoimento Climério de Toledo Pereira, engenheiro e ex-gerente regional de obras da companhia
Imputado por associação a quadrilha na chamada Máfia das Casinhas, que desviou R$ 135 milhões, Climério foi apontado pela polícia como um dos responsáveis pelo esquema de fraudes. Em seu depoimento à CPI, Climério negou ter participação em fraudes em licitações e superfaturamento de materiais.
Durante o depoimento, o deputado Enio Tatto questionou as razões pelas quais o engenheiro teria assinado uma “medição negativa” em empreendimento no município de Mirante de Paranapanema. Climério disse ter sido uma solução determinada pela direção da CDHU.
Enio Tatto lembrou que existe uma sindicância da própria CDHU apontando mau uso de funções do ex-gerente de obras Climério, por atestar medições cuja qualidade e quantidade de materiais eram previamente alterados em conivência com outras pessoas.
O petista Antonio Mentor destacou do depoimento de Climério que, além da relação profissional, havia uma relação de cliente. E acrescentou que a responsabilidade política e administrativa pelos fatos ocorridos
O engenheiro civil é acusado de ratificar medições irregulares para beneficiar a empresa de Francisco Emílio de Oliveira, o Chiquinho da CDHU.
Segundo Climério, a CDHU não participa de licitações para contratar as empresas responsáveis pelas obras e pela assessoria técnica dos mutirões. Como gerente da CDHU, sua função restringia-se a conferir as medições feitas pela gerenciadora contratada pela companhia para fiscalizar as obras de conjuntos de casas populares.
Climério disse ter contratado da FT e pago os serviços de uma retroescavadeira para obras realizadas em um sítio de sua propriedade.
Também convocado para a mesma reunião da CPI, o ex-prefeito de Presidente Venceslau, Ângelo César Malacrida, não compareceu. Ele apresentou justificativa e disse que está à disposição da CPI para depor em um nova data.
*com informações da Agência Alesp
