30 anos do PT
O ex-ministro José Dirceu, o deputado federal Arlindo Chinaglia e a líder da Bancada do PT na Constituinte Estadual, Clara Ant, foram os convidados da mesa que debateu o O Papel do PT no Legislativo Paulista, nesta terça-feira (23/2), em continuidade as comemorações dos 30 anos do PT na Assembleia Legislativa de SP. Além de relembrarem as principais ações do partido, os debatedores analisaram comportamentos e posições políticas passadas e presentes e destacaram a importância da inovação para as ações futuras.
A ex-deputada Clara Ant, destacou que a democracia no país foi o ponto fundamental do PT na construção do Parlamento brasileiro e, em particular, do paulista. “A democracia é a referência principal para recompor a história e a trajetória do PT”, declarou. Para Ant, a grande realização que deve ser vista é a combinação de trabalhos de militância e de iniciativa de organizações sindicalistas, religiosas, intelectuais, políticas, entre outras, juntamente com a somatória de seus esforços no empenho da construção do partido político. Clara destacou, ainda, como grande desafio a reforma política que o país ainda precisa realizar.
Justiça social
O PT sempre se orientou pela justiça social. Esta foi a definição do deputado federal Arlindo Chinaglia para a trajetória do PT nestes 30 anos. Ele explicou que o partido se constituiu num dado momento da vida nacional, 16 anos após o golpe militar, onde a sociedade se mobilizou para redemocratizar o país, garantindo a liberdade de imprensa e o voto direto para presidente, governadores e prefeitos. “Quando o PT veio para o Parlamento, ele trouxe importantes valores, como, por exemplo, a democracia”, afirmou. Chinaglia afirmou ainda que o diferencial do partido está nas lutas populares que originaram o partido. “A história do PT no Parlamento é uma atitude de representação da sociedade, de defesa de valores e ideias”.
“PT mais vivo do que nunca”
O ex-deputado constituinte da Bancada do PT, José Dirceu, enfatizou que como demonstrou o recém Congresso do Partido, o PT está mais vivo do que nunca e representa a primeira grande ascensão social das camadas populares para a representação política, para a democracia civil e para o governo”.
Em sua palestra, José Dirceu destacou sua emoção de voltar à Assembleia paulista. Segundo ele, o partido impôs uma forma de fazer política no Parlamento apoiada em: coletividade, mobilização, pesquisas e estudo. Para o ex-deputado, a marca do movimento social na Constituinte é um ponto muito forte no partido, e marca das suas reivindicações. “As constituintes foram importantes para devolver iniciativa financeira, orçamentária e autonomia financeira para os municípios”, declarou. Dirceu ressaltou ainda a importância da discussão da organização do Estado de São Paulo e da descentralização do papel dos municípios, da região metropolitana, das regiões administrativas e dos serviços públicos.
Inovação
Em respostas às perguntas feitas pela platéia do debate, Clara Ant e José Dirceu destacaram a importância da inovação em todas as áreas, desde à formulação de políticas públicas, na atuação parlamentar, no Executivo e em todas as áreas da cadeia produtiva. A capacidade de inovar é a força que mobilizará um futuro promissor em todos os setores, destacou Clara Ant.
José Dirceu ressaltou que os principais desafios do país estão na formulação de programas para a juventude, na revolução tecnológica, e na educação para propiciar a inovação.
O debate foi conduzido pelo deputado Enio Tatto, que assumiu a mesa após a abertura feita pelo atual líder da Bancada do PT, Rui Falcão. Além deles, participaram do debate, os parlamentares petistas: Adriano Diogo, Beth Sahão, Carlinhos Almeida, Donisete Braga, Fausto Figueira, Hamilton Pereira, Maria Lúcia Prandi, Marcos Martins, Roberto Felício, Simão Pedro, Vanderlei Siraque e Vicente Cândido. Também prestiagaram o debate: o deputado Luiz Carlos Gondim (PPS), o ex-deputado do PT, Francisco Carlos de Souza (Chico Gordo), o prefeito de Araçatuba, Cido Sério e o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima.
