Sabesp
A Comissão de Serviços e Obras da Assembléia vai realizar nesta próxima quinta- feira, dia 16/04, às 14 horas, Audiência Pública para discutir as demissões dos funcionários da Sabesp.
O problema foi levado ao colégio de líderes pelo líder do PT na Assembleia, deputado Rui Falcão, que sensibilizou os demais líderes partidários para a necessidade do Poder Legislativo discutir a questão com representantes do governo.
O presidente da Sabesp Gesner Oliveira e a secretária de Estado de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, foram convidados para participar do debate.
Segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, desde o início de fevereiro a empresa demitiu 300 funcionários dos setores operacionais, de manutenção e especialistas, sendo que há entre os dispensados, há inclusive alguns com problemas de saúde.
A empresa não abriu nenhum mecanismo de negociação, como a realocação dos trabalhadores, não discutiu critérios para demissão ou apresentou qualquer justificativa.
O Sintaema informou que já impetrou com uma ação junto ao Tribunal Regional do Trabalho, questionando as demissões, cobrando o cumprimento do acordo coletivo e a abertura de diálogo com os representantes da categoria.
Recentemente os trabalhadores fizeram um protesto contra as demissões da Sabesp, na Ponte das Bandeiras, situada em cima do Rio Tietê, num dos pontos de grande movimentação de carros, na capital paulista e distribuíram carta aberta à população denunciado o que a direção da Sabesp e o governo Serra, está fazendo com os trabalhadores e o impacto nos serviços da empresa e em que isso vai prejudicar a população.
A ampliação das terceirizações, cabide de emprego, aumento da queda na qualidade dos serviços, precarização do trabalho, além das mortes de trabalhadores de empreiteiras ocasionadas pelas péssimas condições de trabalho, também foram foco das denúncias e protestos.
Em 22 de março, é comemorado o dia mundial da água, na ocasião representantes dos funcionários da Sabesp, lançaram manifesto apontando que embora a empresa, faça propaganda em rede nacional e vende a imagem de excelência, omite da população o descaso e desrespeito com que trata seus trabalhadores.
Outro questionamento está no fato da empresa tenta vender para a sociedade, a idéia de que está preocupada com o meio ambiente, e usar o slogan SABESP A Vida Tratada com Respeito, quando na prática há um ataque aos trabalhadores e descaso com a população paulista.
