No Brasil
São Paulo possui o maior déficit de vagas em presídios do país
Apesar de ser o Estado que mais investe em segurança, São Paulo também lidera o ranking de homicídios em números absolutos
De acordo com um levantamento divulgado nesta terça-feira (6/11) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Estado de São Paulo, apesar de ser o Estado que investe mais em segurança pública, lidera a lista de déficit de vagas em presídios e aparece em segundo lugar no número absoluto de homicídios.
O levantamento refere-se ao ano de 2011 e não estão inclusos dados da recente onda de violência que São Paulo está enfrentando. O levantamento faz parte da sexta edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo o estudo, em 2011, os presídios paulistas apresentavam um déficit de 74 mil vagas. Em média, as penitenciárias do Estado abrigavam 1,7 presos por vaga, número superior a média nacional, de 1,6 presos.
Ao comentar o déficit de vagas em presídios, a secretária-executiva do Fórum, Samira Bueno, afirmou que o governo de São Paulo tem como projeto de segurança pública o encarceramento em massa. Encarceramento em massa é a política de segurança estadual. Continuar encarceramento mais e mais é o que o governo do estado tem como projeto. Temos fôlego para continuar com isso? Temos uma taxa de presos provisórios que está me torno de 30%. Falta celeridade também da Justiça para julgar, disse em entrevista ao portal G1.
Apesar de ter uma das menores taxas de homicídios por 100 mil habitantes, São Paulo aparece em segundo lugar no número absoluto deste tipo de crime. O Estado registrou 4.194 mortos em 2011, ficando atrás da Bahia, com 4.380 homicídios, e na frente do Rio de Janeiro, com 4.009.
Samira Bueno também afirmou que, entre 2011 e 2012, o número de homicídios aumentou significativamente em São Paulo, o que em levantamentos futuros irá piorar a média de homicídios a cada 100 mil habitantes no Estado. São Paulo vinha sendo tido há muito tempo com o um case, um grande sucesso na área de segurança pública. Mas parece que houve uma inflexão entre 2011 e 2012. Alguma coisa aconteceu neste ano. Estão crescendo homicídios e número de policiais mortos, comentou ao G1.
*com informações do Portal G1